“Dicas para quem tem uma queda por Artes e quer visitar a Universo UFPR”

O Portal da UFPR apresenta, durante os quatro dias do evento, oportunidades profissionais por área de interesse ofertadas pela UFPR, universidade pública, gratuita e de qualidade. Aqui trazemos a pluralidade das artes. Para acompanhar a série, clique aqui

O Universo UFPR 2025 é também um palco para a arte em suas múltiplas linguagens  e quem tem afinidade com as áreas criativas vai encontrar diversas oportunidades para conhecer mais de perto os cursos e projetos que integram o Departamento de Artes (Deartes) da Universidade Federal do Paraná (UFPR). 

Além das atrações culturais que compõem a programação oficial do evento, estudantes, professores e visitantes poderão interagir com estandes de cursos de graduação voltados à criação, artes e à produção cultural, além de musicas ao vivo. 

Confira os destaques:

Artes Visuais: da criação à docência

Com as habilitações em Licenciatura e Bacharelado, o curso de Artes Visuais da UFPR oferece uma formação abrangente voltada à criação artística e à reflexão crítica sobre arte. Ao longo da graduação, os estudantes desenvolvem habilidades em desenho, pintura, gravura, escultura, cerâmica, instalação, performance, fotografia e novas mídias — sempre integrando teoria e prática.

Foto: Marcos Solivan/ Sucom UFPR

No estande do curso durante a feira, o público poderá conferir fotografias, desenhos e outras produções dos estudantes, além de conversar com quem vivencia o dia a dia da graduação. Para quem pensa em seguir carreira como artista, professor, pesquisador ou crítico de arte, este é o espaço ideal para tirar dúvidas e se inspirar.

A professora Joelma Zambão Estevam, do Departamento de Artes Visuais da UFPR explicou:

“O curso é dividido em licenciatura e bacharelado. O bacharelado dura 4 anos, e a licenciatura, 4 anos e meio. A carga horária prática e teórica é igual nos dois. O que muda são as disciplinas pedagógicas, fundamentais para quem quer atuar como professor, como Fundamentos do Ensino das Artes, Didática e os estágios. Mas mesmo quem se forma na licenciatura pode atuar em museus, galerias e espaços culturais. O curso oferece ateliês muito bem equipados, e monitorias no contraturno, para ampliar o tempo de produção dos alunos.”

Sobre a proposta do estande, a professora Joelma destacou: “A ideia foi mostrar o que os alunos fazem no curso — pintura, escultura, fotografia, gravura. A galeria do curso tem exposições com curadoria, mediação e montagem feitas pelos próprios estudantes. A ideia é mostrar como um egresso de artes visuais pode atuar, mesmo que não siga como artista.” Ela ainda pontua que: ” O aluno mesmo formado na licenciatura não precisa necessariamente trabalhar na escola. Assim como um aluno formado, como artista, não precisa necessariamente abrir o seu ateliê e trabalhar de forma autônoma. Eles podem atuar em outros espaços como museus, espaços culturais, galerias de arte e secretarias de cultura, por exemplo.

A professora também mencionou os projetos de extensão e pesquisa: “Temos projetos como o ‘Livros de Terra’, em parceria com escolas de São José dos Pinhais e artistas convidados, que vai se tornar uma exposição itinerante em Curitiba e Região Metropolitana. E na pesquisa, oferecemos iniciação científica com orientações que resultam em publicações e apresentações em congressos, o que fortalece a trajetória de muitos alunos que seguem direto para o mestrado.”

O estudante Enzo Fernandes, do 7º período, completou: “A gente trouxe pinturas, desenhos, gravuras — principalmente gravuras, porque é uma linguagem que o pessoal normalmente não vê na escola. Temos um dos melhores ateliês de gravura da cidade. Trouxe também exemplares da Revista Adesiva, uma revista que fundamos como alunos. Queremos mostrar que podemos construir nossa carreira ainda na graduação. A expectativa é mostrar que o Campus Batel é um espaço potente e que merece visibilidade. A gente precisa que as pessoas conheçam a nossa galeria, nossos projetos.”

Revista Adesiva desenvolvida pelos alunos de Artes Visuais. Foto: Bruna Soares/Sucom UFPR

Produção Cultural: arte e gestão transformadora

Voltado para quem deseja atuar nos bastidores das artes e da cultura, o bacharelado em Produção Cultural da UFPR foi criado em 2020 com a proposta de formar profissionais com uma visão crítica e cidadã da cultura.

Durante o Universo UFPR, os visitantes poderão conhecer mais sobre essa graduação que capacita para o desenvolvimento de políticas culturais, organização de eventos, curadoria, articulação de projetos culturais e atuação em instituições públicas, privadas e do terceiro setor.

Gustavo Araújo, aluno do 3º período, compartilhou: “A gente trouxe um pouco do que aprendemos em aula: iluminação, audiovisual, crachás de eventos culturais e acadêmicos, e ecobags. O público tem se interessado muito pelo nosso curso, inclusive alguns visitantes disseram que encontraram aqui o curso que queriam fazer.”

Sobre o interesse no nome do curso, ele explicou: “As pessoas têm uma ideia vaga do que é produção cultural. Pensam só em festivais e eventos, mas é mais que isso. É um trabalho profundo com a cultura e com as políticas públicas.”

A professora YaYa Sugayama, do Departamento de Produção Cultural complementou:

“A produção cultural tem um mercado de trabalho amplo: coletivos artísticos, museus, festivais, políticas públicas. O curso é novo, mas surgiu a partir de um técnico em produção cênica. Os próprios estudantes ampliaram a atuação para outras áreas. Nosso objetivo aqui é mostrar a diversidade de possibilidades que a produção cultural abrange.”

Música: som, educação e performance

A UFPR também oferece o curso de Música com duas habilitações: Bacharelado e Licenciatura, que formam músicos com excelência artística e professores preparados para atuar na educação musical.

O estande contará com apresentações musicais, atividades de musicalização e presença de grupos musicais ligados ao departamento. Entre os instrumentos disponíveis estão teclado, percussão, microfones e até violino.

Rafael Stefanichen Ferronato, professor do curso, explicou que: “O bacharelado é voltado para a produção e criação musical. A licenciatura, para projetos pedagógicos. Temos forte conexão com a Proec, oferecendo cursos, estágios, atividades em escolas, igrejas, projetos sociais. Também temos pós-graduação, com linhas em Educação Musical e Cognição, Etnomusicologia e Criação Sonora. Os alunos são incentivados desde cedo a pensarem na continuidade dos estudos.”

Um diferencial do curso é a oferta de um curso preparatório para a prova específica de Música, não apenas da UFPR, mas também de instituições como a Unespar e a Belas Artes. Além disso, o curso possui mestrado e doutorado próprios, o que fortalece sua integração com a sociedade por meio de projetos voltados à pós-graduação, mas que também dialogam com a comunidade, atuando junto à Secretaria Municipal de Educação, estúdios da cidade e outras iniciativas voltadas à criação musical.

Artes UFPR Litoral: múltiplas linguagens para transformar o mundo

O curso é uma licenciatura que forma profissionais capazes de atuar em contextos formais e não formais, como escolas, museus, ONGs e espaços culturais. Com foco em arte contemporânea e educação, os estudantes exploram linguagens como performance, sonoridade, artes visuais e corpo e movimento.

A professora Giselly Brasil, do Departamento de Artes comentou:“O curso não foca numa única linguagem. A ideia é permitir que o estudante experimente diferentes caminhos e monte sua trajetória. Temos alunos que se formaram como artistas, outros como pesquisadores, e muitos como educadores. A atuação vai muito além da sala de aula.”

No estande, foram apresentados trabalhos em cerâmica, gravura, performance e materiais de festivais. “Recebemos muitas visitas. Foi interessante ver o interesse de jovens que ainda enfrentam resistência da família por escolherem artes. Mas nossos egressos estão trabalhando, e quem se dedica encontra seu lugar”, afirmou uma professora.

O curso de Artes é um campo aberto de possibilidades. Foto: Marcos Solivan/ Sucom UFPR

A  professora Ana Elisa Freitas destacou uma vertente específica e uma parceria com o Centro de Estudos e Pesquisas Arqueológicas da UFPR (CEPA): “Temos um laboratório de cerâmica experimental em parceria com o Cepa. Trabalhamos com arqueologia e reconstrução de técnicas ancestrais de fabricação. É um projeto de extensão aberto à comunidade, às quartas-feiras, à tarde. Isso mostra como a arte também pode dialogar com ciência, território e ancestralidade.”

Protótipos de cerâmica utilizados em estudos para resgate de fragmentos. Foto: Bruna Soares/ Sucom UFPR

Ela explicou que, desde o período lítico até os vestígios mais recentes, como as cerâmicas, camada mais superficial das ocupações, é possível reconstituir a história das populações originárias. “É muito interessante perceber que essas cerâmicas se assentam sobre os sambaquis, indicando uma continuidade histórica. Se temos registros de povos originários datados de 9 mil a 13 mil anos atrás, e uma camada cerâmica mais contemporânea, de cerca de 2.500 anos até os dias atuais, como vemos, por exemplo, nos sítios Sambaqui, Guaraguaçu-Sul e em Pontal do Paraná, conseguimos traçar um elo entre passado e presente.”

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