Adiamento da vigência da NR-1 muda cenário sobre riscos psicossociais

Adiamento da vigência da NR-1 posterga para 2026 a obrigatoriedade de medidas sobre saúde mental no trabalho e traz desafios às empresas. O adiamento da vigência da NR-1 sobre riscos psicossociais foi oficializado pelo governo federal nesta semana. O início da obrigatoriedade das medidas para proteção da saúde mental no ambiente de trabalho foi prorrogado por mais um ano, passando de 2025 para 2026. A decisão veio após forte pressão de entidades empresariais e da indústria, que alegaram a necessidade de mais tempo para adaptação.

Esta mudança altera significativamente o calendário de conformidade das empresas e reacende o debate sobre como o ambiente corporativo brasileiro deve se preparar para lidar com o aumento dos casos de adoecimento mental no trabalho.

Contexto: o que é a NR-1 e o que muda?

A Norma Regulamentadora 1 (NR-1), revisada para incluir diretrizes específicas sobre a gestão de riscos psicossociais no trabalho, faz parte de um esforço do Ministério do Trabalho e Emprego para modernizar e tornar mais abrangente a legislação de segurança e saúde ocupacional.

O principal ponto da atualização é a obrigatoriedade de:

Mapear fatores de risco como assédio moral, excesso de carga de trabalho e insegurança no ambiente profissional;

Adotar medidas preventivas e educativas;

Integrar ações de saúde mental às rotinas de SST (Segurança e Saúde do Trabalho).

Antes do adiamento, as empresas que descumprissem as novas regras poderiam ser autuadas e multadas a partir de maio de 2025. Agora, essa fiscalização começará apenas em maio de 2026.

Segundo o próprio Ministério do Trabalho, em declaração publicada pelo G1, a decisão de adiamento foi tomada “para garantir a implementação adequada pelas organizações, sem prejudicar o objetivo principal de proteção da saúde dos trabalhadores”.

Por que a NR-1 sobre riscos psicossociais foi adiada?

Diversos fatores influenciaram o adiamento:

Pressão das entidades empresariais: A FecomercioSP, em ofício encaminhado ao governo, solicitou formalmente a prorrogação do prazo, citando que muitas empresas, especialmente de pequeno e médio porte, ainda não estavam preparadas.

Demandas do setor da construção: A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) também manifestou preocupação. De acordo com o Radar Trabalhista da CBIC, o ministro Luiz Marinho sinalizou o adiamento após reuniões com o setor.

Necessidade de mais capacitação: Conforme noticiado pelo portal Contábeis, especialistas da área de SST argumentaram que o mercado ainda carece de profissionais treinados para realizar avaliações psicológicas organizacionais adequadas.

Assim, o governo optou por conceder um prazo maior para capacitação e adaptação das empresas.

Entenda melhor o que são riscos psicossociais

Os riscos psicossociais referem-se a situações do ambiente de trabalho que podem afetar negativamente a saúde mental e o bem-estar dos trabalhadores. Entre os principais fatores, estão:

Assédio moral e sexual

Ambiente de trabalho tóxico

Excesso de pressão e metas inatingíveis

Jornadas exaustivas

Falta de suporte emocional e reconhecimento

Ignorar esses riscos pode resultar em quadros como burnout, ansiedade, depressão e outros transtornos relacionados ao trabalho.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 15% dos adultos em idade produtiva apresentam algum transtorno mental, o que impacta diretamente a produtividade e o absenteísmo.

Como as empresas devem se preparar até 2026

Apesar do adiamento, especialistas recomendam que as empresas não posterguem suas ações. Algumas medidas que podem ser implementadas desde já:

Ações recomendadas:

Diagnóstico organizacional: Avaliar os fatores de risco psicossocial presentes no ambiente de trabalho.

Capacitação de líderes: Treinar gestores para identificar sinais de adoecimento mental e agir preventivamente.

Políticas de prevenção: Criar programas de apoio psicológico, canais de denúncia e ações de bem-estar corporativo.

Promoção da cultura de saúde mental: Estimular práticas como jornadas flexíveis, feedbacks positivos e ambientes inclusivos.

Começar a implementar essas práticas desde já pode minimizar riscos futuros e posicionar a empresa como referência em boas práticas de saúde mental.

O adiamento também levanta discussões importantes:

Risco de acomodação: Algumas empresas podem se sentir menos pressionadas e retardar ações essenciais de promoção de saúde mental.

Pressão internacional: Empresas que atuam globalmente precisarão manter padrões elevados para atender legislações e boas práticas internacionais, independentemente do prazo no Brasil.

Aumento de casos de adoecimento: Sem ações preventivas, a tendência é que o número de afastamentos e problemas relacionados à saúde mental continue crescendo.

Por isso, especialistas reforçam que a responsabilidade social das empresas deve prevalecer, além do simples cumprimento de prazos legais.

Dixi Soluções: aliada das empresas na adequação à NR-1

O adiamento da vigência da NR-1 é uma oportunidade para que as empresas se organizem e contem com parceiros confiáveis na gestão dos riscos psicossociais. Nesse contexto, a Dixi Soluções oferece produtos e serviços que apoiam organizações na modernização da sua gestão de trabalho.

Entre as soluções disponíveis, está o sistema de controle de ponto com registro de jornada e gestão de cargas horárias: Ferramentas fundamentais para monitorar a carga de trabalho e prevenir excessos.

A Dixi Soluções atua com tecnologia segura, em conformidade com a LGPD, e é certificada em ISO 27001 e 27701, garantindo sigilo e integridade dos dados.

Conclusão

Embora o adiamento da vigência da NR-1 traga mais tempo para as empresas se adaptarem às novas exigências sobre riscos psicossociais, a preparação deve começar agora. Investir em um ambiente de trabalho saudável é essencial para o sucesso organizacional e o bem-estar dos colaboradores.

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