Na manhã desta sexta-feira (13), o Ministério Público Eleitoral ouviu depoimentos que confirmam a existência de candidaturas fictícias em Apucarana, incluindo a confissão de uma das envolvidas. O esquema, supostamente criado para atender à cota de gênero, envolve partidos aliados ao prefeito Junior da Femac e pode levar à cassação de mandatos, alterando a composição da Câmara Municipal.
Cinco mulheres de diferentes partidos são acusadas de registrar candidaturas laranjas, caracterizadas por poucos votos, ausência de campanha e falta de movimentação financeira. Uma das candidatas revelou ter sido ameaçada para mentir à Justiça, além de denunciar o envolvimento de políticos, advogados, cargos comissionados e vereadores eleitos no esquema. Três vereadores correm o risco de perder seus mandatos, o que pode afetar o equilíbrio de forças no Legislativo.
A candidata confessou ao Ministério Público sua intenção de revelar toda a trama em audiência com o juiz eleitoral. Contudo, o partido responsável pela ação não solicitou seu depoimento, e os advogados da parte contrária recusaram a oitiva, levantando suspeitas de que já sabiam da confissão. Entretanto, a declaração será formalizada em audiência futura, já que as candidatas estão envolvidas em outra ação judicial.
O caso deverá ser encaminhado à Polícia Federal para aprofundamento das investigações, evidenciando práticas fraudulentas contra o sistema eleitoral e intensificando o debate sobre ética e moralidade na política local.
