Polícia Militar (PM-PR)
O caso de um homem preso com mais de dois mil celulares de origem paraguaia em uma caminhão na BR-277, no Paraná, tem repercutido no estado, isso porque o veículo era da Companhia Paranaense de Energia (Copel).
? Siga o canal do g1 PR no WhatsApp
? Siga o canal do g1 PR no Telegram
A prisão em flagrante ocorreu quando o caminhão foi abordado em Santa Tereza do Oeste, no oeste do estado, durante uma operação integrada entre a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO/PR) da Polícia Militar, a Receita Federal e a Polícia Federal (PF).
A seguir o g1 lista o que foi apurado até o momento e o que falta ser esclarecido sobre o caso.
O flagrante do suspeito com a carga ilícita em caminhão da Copel
Quem é o funcionário, de acordo com a companhia
Por quais crimes ele foi preso e pode responder criminalmente
O que diz a Copel?
O que falta ser esclarecido sobre o caso?
1. O flagrante do suspeito com a carga ilícita em caminhão da Copel
A prisão em flagrante ocorreu na sexta-feira (4) quando o caminhão foi abordado na BR-277, em Santa Tereza do Oeste, no oeste do Paraná, pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Durante a vistoria no veículo, os policiais encontraram um compartimento adaptado que não era compatível com o modelo do caminhão. Dentro dele, estavam os celulares avaliados em mais de R$ 1,7 milhão.
O motorista disse aos policiais que pegou a mercadoria em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná e levaria até Curitiba. Ele contou que receberia R$ 5 mil para realizar a entrega dos celulares.
Leia também:
‘Se eu ficasse dentro do carro, ia morrer’: Diz motorista do Paraná que perdeu veículo na explosão de carreta na BR-101 em SC
Paraná: Oito pessoas são presas suspeitas de envolvimento em esquema de funcionários fantasmas que movimentou mais de R$ 800 mil
Vídeo: Homem é agredido e roubado por suspeitos em situação de rua após pagar lanches para eles, no Paraná
2. Quem é o funcionário, de acordo com a companhia
Mercadoria foi encaminhada para a Receita Federal.
Polícia Militar (PM-PR)
O motorista preso é um homem de 36 anos. De acordo com a Copel, ele que era concursado desde 2012 e na data do crime trabalhou em Matelândia e deveria retornar a Foz do Iguaçu, onde finalizaria sua jornada de trabalho.
“A companhia possui rastreamento da frota, que conta com veículos de configuração padronizada para o trabalho de operação e manutenção de redes de energia elétrica, e a mudança de rota não estava autorizada”, diz nota encaminhada pela companhia.
O nome do suspeito não foi divulgado pela polícia, nem pela Copel.
3. Por quais crimes ele foi preso e pode responder criminalmente
Caminhão da Copel levava 2 mil celulares contrabandeados
O homem foi preso em flagrante pela PRF pelo crime de descaminho. Ele foi levado até a sede da Polícia Federal (PF) de Cascavel.
As mercadorias e o caminhão foram apreendidos e levados para a Receita Federal.
4. O que diz a Copel?
Em nota a Copel, que diz ter suspendido o suspeito e aberto procedimentos internos para apurar o caso.
“A Copel informa que, assim que tomou conhecimento do fato, suspendeu o empregado do quadro da companhia, bem como iniciou os procedimentos internos para apurar esse grave desvio de conduta”, disse a companhia.
A empresa garantiu que colabora com a polícia e disse que tomará as medidas cabíveis para que uma situação como essa não se repita.
“A Copel tem uma reputação a zelar e um código de conduta rigoroso, que é de conhecimento de todos os colaboradores, que por sua vez são treinados periodicamente nesse conteúdo, e lamenta pelo ocorrido”, manifestou a companhia.
5. O que falta ser esclarecido sobre o caso?
O g1 acionou a Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (8) questionando sobre o andamento da investigação. A PF disse que não irá comentar sobre a apuração, que ainda está em andamento.
Falta esclarecer como foi feito o carregamento dos celulares contrabandeados e se o funcionário contou com a ajuda de algum colega para cometer o crime.
Falta esclarecer também se este foi um caso isolado da prática criminosa do investigado ou se ela foi recorrente ao longo dos 13 anos de atuação dele na companhia.
VÍDEOS: Mais assistidos do g1 Paraná
Leia mais notícias da região em g1 Oeste e Sudoeste.