Veja o que se sabe sobre funcionário preso com mais de 2 mil celulares de origem paraguaia em caminhão da Copel

Homem de 36 anos foi suspenso pela companhia até conclusão da investigação. Copel informou que além da suspensão, também iniciou procedimentos internos para apurar caso. Celulares foram encontrados dentro de caminhão da Copel.

Polícia Militar (PM-PR)

O caso de um homem preso com mais de dois mil celulares de origem paraguaia em uma caminhão na BR-277, no Paraná, tem repercutido no estado, isso porque o veículo era da Companhia Paranaense de Energia (Copel).

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A prisão em flagrante ocorreu quando o caminhão foi abordado em Santa Tereza do Oeste, no oeste do estado, durante uma operação integrada entre a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO/PR) da Polícia Militar, a Receita Federal e a Polícia Federal (PF).

A seguir o g1 lista o que foi apurado até o momento e o que falta ser esclarecido sobre o caso.

O flagrante do suspeito com a carga ilícita em caminhão da Copel

Quem é o funcionário, de acordo com a companhia

Por quais crimes ele foi preso e pode responder criminalmente

O que diz a Copel?

O que falta ser esclarecido sobre o caso?

1. O flagrante do suspeito com a carga ilícita em caminhão da Copel

A prisão em flagrante ocorreu na sexta-feira (4) quando o caminhão foi abordado na BR-277, em Santa Tereza do Oeste, no oeste do Paraná, pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Durante a vistoria no veículo, os policiais encontraram um compartimento adaptado que não era compatível com o modelo do caminhão. Dentro dele, estavam os celulares avaliados em mais de R$ 1,7 milhão.

O motorista disse aos policiais que pegou a mercadoria em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná e levaria até Curitiba. Ele contou que receberia R$ 5 mil para realizar a entrega dos celulares.

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2. Quem é o funcionário, de acordo com a companhia

Mercadoria foi encaminhada para a Receita Federal.

Polícia Militar (PM-PR)

O motorista preso é um homem de 36 anos. De acordo com a Copel, ele que era concursado desde 2012 e na data do crime trabalhou em Matelândia e deveria retornar a Foz do Iguaçu, onde finalizaria sua jornada de trabalho.

“A companhia possui rastreamento da frota, que conta com veículos de configuração padronizada para o trabalho de operação e manutenção de redes de energia elétrica, e a mudança de rota não estava autorizada”, diz nota encaminhada pela companhia.

O nome do suspeito não foi divulgado pela polícia, nem pela Copel.

3. Por quais crimes ele foi preso e pode responder criminalmente

Caminhão da Copel levava 2 mil celulares contrabandeados

O homem foi preso em flagrante pela PRF pelo crime de descaminho. Ele foi levado até a sede da Polícia Federal (PF) de Cascavel.

As mercadorias e o caminhão foram apreendidos e levados para a Receita Federal.

4. O que diz a Copel?

Em nota a Copel, que diz ter suspendido o suspeito e aberto procedimentos internos para apurar o caso.

“A Copel informa que, assim que tomou conhecimento do fato, suspendeu o empregado do quadro da companhia, bem como iniciou os procedimentos internos para apurar esse grave desvio de conduta”, disse a companhia.

A empresa garantiu que colabora com a polícia e disse que tomará as medidas cabíveis para que uma situação como essa não se repita.

“A Copel tem uma reputação a zelar e um código de conduta rigoroso, que é de conhecimento de todos os colaboradores, que por sua vez são treinados periodicamente nesse conteúdo, e lamenta pelo ocorrido”, manifestou a companhia.

5. O que falta ser esclarecido sobre o caso?

O g1 acionou a Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (8) questionando sobre o andamento da investigação. A PF disse que não irá comentar sobre a apuração, que ainda está em andamento.

Falta esclarecer como foi feito o carregamento dos celulares contrabandeados e se o funcionário contou com a ajuda de algum colega para cometer o crime.

Falta esclarecer também se este foi um caso isolado da prática criminosa do investigado ou se ela foi recorrente ao longo dos 13 anos de atuação dele na companhia.

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