O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) condenou nesta segunda-feira (17) o ex-prefeito de Apucarana, Júnior da Femac (MDB), por abuso de poder econômico durante as eleições de 2024. Por seis votos a um, os desembargadores reformaram a decisão de primeira instância, que havia absolvido o ex-prefeito, e atenderam ao recurso apresentado pelo Ministério Público Eleitoral (MPE). Com isso, Júnior da Femac está inelegível pelos próximos oito anos.
A condenação tem como base uma reunião realizada em 21 de agosto de 2024 na Associação Comercial e Empresarial de Apucarana (Acea), que contou com a presença de secretários, superintendentes municipais e servidores comissionados. De acordo com o MPE, o evento teria sido desvirtuado para beneficiar a candidatura de Rodrigo Recife (MDB), apoiado por Júnior da Femac. A reunião ocorreu em horário de expediente e foi denunciada por adversários políticos à Justiça Eleitoral, com vídeos entregues ao promotor Gustavo Marcel Marinho.
Inicialmente, a ação envolvia também Rodrigo Recife e seu então candidato a vice, Gentil Pereira (DC), mas ambos foram excluídos do processo por não terem participado da reunião. Já Júnior da Femac foi absolvido em primeira instância no julgamento realizado em 28 de outubro do ano passado, mas o Ministério Público recorreu e conseguiu reverter a decisão no TRE.
A inelegibilidade imposta ao ex-prefeito representa o fim de um ciclo político para Júnior da Femac, que agora está impedido de disputar eleições até 2032. A decisão do TRE encerra sua trajetória política e muda o cenário eleitoral de Apucarana, abrindo espaço para novas lideranças no município.