Universidade é contemplada em edital ofertado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq
A Universidade Federal do Paraná, no entendimento da relevância de investimentos na pesquisa, foi contemplada em chamada pública, disponibilizada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq, sob as diretrizes do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações – MCTI, que tem por objetivo expandir o Programa Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT) por meio de apoio a constituição de novos INCTs a partir do fomento a propostas de pesquisa de alto impacto científico e tecnológico em áreas estratégicas e/ou na fronteira do conhecimento, visando a solução dos grandes desafios nacionais.
De acordo com Leandro Freitas, coordenador do INCT, do Instituto de Pesquisas do Jardim Botânico do RJ: “O INCT é uma oportunidade única para crescimento científico no campo da polinização, tanto para novas abordagens teóricas e metodológicas, como nas demandas da sociedade para conservação da biodiversidade e agricultura sustentável no Brasil.”
O projeto apresentado propõe um trabalho que objetiva conhecimentos, conservação e uso sustentável de polinizadores – INCT Polinização (INPol). Para a Professora Isabela G. Varassin, do Departamento de Botânica da UFPR: “O INPol pode ser pensado como o resultado de diversas iniciativas brasileiras de longa data em estudos de polinização e polinizadores. No Paraná, o INPol se une às iniciativas do NAPI Biodiversidade na busca de soluções inovadoras para a crise ambiental e a provisão de serviços ecossistêmicos.”
Propostas como estas não apenas permitem investimento no planejamento da pesquisa científica, mas no envolvimento das instituições pares, e no alcance de informações qualitativas sobre a temática, no longo prazo. O incentivo inclui: aporte financeiro (equipamentos, bolsas de pós graduação (doutorado sanduíche), pós-doutorado, apoio técnico; integração dos pesquisadores com redes de pesquisa regionais, nacional e internacionais; internacionalização dos PPGS, através das parcerias com pesquisadores estrangeiros envolvidos; e consolidação de diálogos intersetoriais para conservação da biodiversidade brasileira.
INCT Polinização: conhecimentos, conservação e uso sustentável de polinizadores (INPol)
O INCT Polinização (INPol) surge a partir de parcerias de longa data entre grupos de pesquisa consolidados e em consolidação, atores sociais e instituições não acadêmicas. A polinização é tópico em alta com avanços em novas tecnologias, ferramentas analíticas e abordagens teóricas, e em questões aplicadas. Assim, o INCT se estrutura a partir de cinco eixos temáticos (i) Ciência de Dados, (ii) Polinização em Ecossistemas, (iii) Polinização Aplicada, (iv) Interação com a Sociedade e (v) Estratégias e Ações.
O INPol é ambicioso por se propor a integrar as atividades entre os eixos na geração de soluções para as questões relacionadas à conservação e ao uso sustentável de polinizadores.
Assim, o INCT Polinização tem como objetivo geral o desenvolvimento de atividades de pesquisa, ensino e extensão sobre polinizadores e polinização, a partir de projetos integradores entre cinco eixos temáticos (i) Ciência de Dados, (ii) Polinização em Ecossistemas, (iii) Polinização Aplicada, (iv) Interação com a Sociedade e (v) Estratégias e Ações, envolvendo o trabalho colaborativo entre grupos de pesquisa consolidados e em consolidação, atores sociais e instituições não acadêmicas, a fim de gerar e integrar conhecimento para fomentar a conservação e uso sustentável de polinizadores e do serviço de polinização.
Cada eixo temático apresenta um objetivo mais amplo, mas que converge entre os eixos por meio dos objetivos específicos e metas da proposta. O eixo de Ciência de Dados tem por objetivo pesquisar, desenvolver e aplicar ferramentas e técnicas computacionais para coleta, fusão, processamento, armazenamento, análise, extração do conhecimento e disseminação de dados e informações sobre polinização em sistemas produtivos e em ecossistemas naturais e restaurados e áreas urbanas.
O eixo de Polinização em Ecossistemas irá produzir conhecimento básico sobre história natural e os efeitos das ações antrópicas nas interações planta-polinizador, detectando áreas e espécies críticas para manutenção de ecossistemas
como alvo de conservação.
Na sequência, o eixo Polinização Aplicada irá construir um panorama qualificado da importância da polinização em sistemas produtivos e para o planejamento territorial. O eixo Interação com a Sociedade busca produzir e sistematizar conhecimentos voltados para conservação e uso sustentável de polinizadores e da polinização sob as perspectivas transdisciplinar e participativa, utilizando diferentes abordagens teóricas, estratégias e metodologias. E o eixo Estratégias e Ações para Conservação de Polinizadores irá fornecer subsídios para o embasamento de políticas públicas e produzir documentos para orientar estratégias e ações para conservação dos polinizadores.
O INPol está amparado pela disponibilidade de diversos laboratórios de pesquisa associados com os eixos temáticos da proposta, assim a maior demanda de investimento é em recursos humanos e custeio. O grupo envolvido no INPol tem uma produção conjunta consistente, como a própria criação da Rede Brasileira de Interação Planta-Polinizador e da Rede Brasileira de Ciência Cidadã. Esse trabalho colaborativo tem mostrado sucesso na formação de redes de colaboração, como a parceria BPBES-REBIPP para elaborar o diagnóstico nacional, os projetos SURPASS-FAPESP e SPIN-SinBiose-CNPq e a criação de base de dados de interações pela REBIPP.
Além disso, estes grupos estão engajados em diversas redes de pesquisa internacionais e na capacitação de pessoas e formação de recursos humanos. O INPol avançará em inovação, desenvolvendo habilidades para um ambiente colaborativo diversificado, adotando o processo “cross pollination”, emprestado da área de Negócios e Inovação, que expõe pessoas a novas formas de pensar por meio do compartilhamento de conhecimento para alcançar soluções inovadoras. O plano de divulgação está estruturado em várias etapas e será desenvolvido para atingir como público-alvo a comunidade acadêmica, tomadores de decisão dos setores público e privado e agentes dinamizadores de conhecimento.
Entre as instituições envolvidas, são destacadas: Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro (Coordenação) e UFPR (Vice-coordenação); Embrapa (Amazônia Oriental; Recursos Genéticos e Biotecnologia ); Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE-RJ; ICMBio; Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia-INPA-AM-Brasil; Universidades (UEL, UEFS, UENF, UFABC, UFBA, UFG, UFMG, UFMS, UFMT, UFPA, UFRPE, UFS, UFSCar, UFU, UFVJM, UNB, UNICAMP, UNIFAL, USP-SP, USP-RP); Institutos Federais (IFMT, IFBA), e Associações (Associação Brasileira de Estudos das Abelhas-ABELHA-SP; The Nature Conservancy do Brasil-TNC-BRASIL-DF; Instituto Dríades de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade- DRIADES-BA; Instituto Tecnológico Vale-ITV-RJ).
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