Rodolfo Mota anuncia salário mínimo de R$ 2.100 para servidores e promete fim de privilégios

O prefeito de Apucarana, Rodolfo Mota (União Brasil), anunciou nesta sexta-feira (24) a criação de um piso salarial municipal no valor de R$ 2.100,00, visando corrigir distorções nos vencimentos dos servidores públicos. Atualmente, 451 dos 3.411 funcionários municipais recebem menos que o salário mínimo nacional, de R$ 1.518,00, representando 13,2% do quadro de funcionários.

A situação afeta diretamente algumas autarquias. Na Autarquia Municipal de Saúde (AMS), 33 servidores estão abaixo do salário mínimo, enquanto na Autarquia Municipal de Educação (AME) são 174. Outros 244 servidores se encontram nas áreas da Autarquia Municipal de Serviços Funerários (Aserfa), do Instituto de Desenvolvimento, Pesquisa e Planejamento de Apucarana (Idepplan) e da administração direta.

O projeto, que ainda precisa de aprovação pela Câmara de Vereadores, terá um impacto de R$ 1,9 milhão nas contas públicas. Durante entrevista coletiva, Rodolfo Mota ressaltou a necessidade de ajustes na gestão financeira da prefeitura. Ele apontou que um grupo pequeno de servidores se beneficiava de salários exorbitantes, com valores que ultrapassavam os R$ 40 mil, chegando ao caso extremo de R$ 49.540,83.

“Encontramos uma desordem completa, com privilégios absurdos para poucos, enquanto a maioria recebia salários muito baixos. Vamos acabar com essas práticas inaceitáveis”, afirmou o prefeito. Rodolfo também criticou os altos salários que, em alguns casos, superavam até mesmo os rendimentos de ministros do Supremo Tribunal Federal e do presidente da República. “Isso é um descabimento. Estamos ajustando as contas e garantindo mais justiça para o funcionalismo público.”

Ele ainda reforçou a importância do apoio dos 11 vereadores para aprovar o novo piso e implementar as mudanças necessárias. “Precisamos reorganizar a cidade, combater os desvios e desperdícios e acabar com esses privilégios. A população merece uma gestão responsável e eficiente”, finalizou o prefeito.

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