O estado do Paraná enfrenta um aumento significativo nos casos de viroses, especialmente nas regiões litorâneas. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), mais de 10 mil casos de síndrome diarreica aguda foram registrados entre 29 de dezembro de 2024 e 25 de janeiro de 2025, representando um aumento de 287% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Análises laboratoriais identificaram o norovírus como o principal agente causador desses surtos. Este vírus é altamente contagioso e pode ser transmitido por meio da ingestão de água ou alimentos contaminados, além do contato direto com pessoas infectadas ou superfícies contaminadas.
A qualidade da água tem sido uma preocupação crescente no estado. Dados indicam que, entre 2014 e 2017, 326 dos 399 municípios paranaenses apresentaram contaminação da água por 27 variedades de agrotóxicos, algumas associadas a doenças crônicas. Além disso, a falta de investimentos em saneamento básico no litoral do Paraná tem sido apontada como um fator que agrava a situação, contribuindo para a proliferação de doenças de veiculação hídrica.
Para prevenir novas infecções, as autoridades de saúde recomendam:
Higiene das mãos: Lavar frequentemente com água e sabão, especialmente antes das refeições e após o uso do banheiro.
Consumo seguro de água e alimentos: Beber apenas água tratada ou fervida e garantir que os alimentos sejam bem higienizados e adequadamente cozidos.
Evitar locais impróprios para banho: Não nadar em áreas identificadas como contaminadas ou impróprias para uso recreativo.
Manter ambientes limpos: Desinfetar superfícies e utensílios que possam estar contaminados.
A implementação de medidas preventivas e investimentos em infraestrutura de saneamento são essenciais para controlar a disseminação dessas viroses e garantir a saúde da população paranaense.
