Solução de grupo de pesquisa em Informática é utilizada para disparo de informes aos usuários da atenção básica do Sistema Único de Saúde, fortalecendo a comunicação entre agentes de saúde e comunidade
A Atenção Primária à Saúde (APS) no Brasil acaba de ganhar um importante aliado tecnológico na comunicação com a sociedade. Um sistema de comunicação direta entre usuários e a APS desenvolvido pelo Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL), grupo de pesquisa vinculado ao Departamento de Informática da Universidade Federal do Paraná (UFPR), promete otimizar as campanhas de saúde e fortalecer o vínculo entre os agentes de saúde e a população.
O projeto do C3SL com o Ministério da Saúde começou em janeiro de 2024, com o foco no aprimoramento da comunicação na APS. Neste primeiro semestre, começa o piloto de testes da comunicação entre a Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Saps) do ministério e os profissionais de saúde. Os profissionais da SAPS terão tutoriais de como utilizar o sistema e participarão do levantamento de requisitos para a próxima versão, com mais funcionalidades.
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Segundo o coordenador do projeto e pesquisador do C3SL, André Grégio, o sistema busca melhorar o acesso à informação sobre saúde e o monitoramento das relações com os usuários do SUS.
“A solução que projetamos inova na forma como a APS se comunica com a população, permitindo campanhas mais direcionadas, eficientes e com maior impacto na saúde e bem-estar da comunidade”, afirma.
A cada minuto, três mil pessoas passam pela APS no país, a principal porta de entrada para os serviços básicos do SUS, caracterizando-se por um conjunto abrangente de ações voltadas ao indivíduo e à coletividade. Somente em 2024, foram mais de quatro milhões de atendimentos individuais — 18% a mais em comparação ao ano anterior.
Dentre outras funções, a APS se concentra nas ações de promoção da saúde e prevenção de doenças, como campanhas de vacinação, orientações sobre hábitos saudáveis e acompanhamento de condições crônicas.
É neste contexto que a solução ajuda a aprimorar o sistema de saúde, ao permitir que os gestores se comuniquem com os agentes de saúde e que iniciativas cheguem mais rápido ao cidadão, promovendo não só a inclusão digital, mas a conscientização e disseminação de informações importantes.
De acordo com a pesquisadora especialista em banco de dados do C3SL, Simone Dominico, o sistema de disparos de informes da APS utiliza um banco de dados para armazenar informações sobre informativos, usuários e grupos. Também busca garantir que e-mails não sejam classificados como spam e tem interface intuitiva, alinhada às plataformas já utilizadas pelos gestores.
(Com informações do C3SL)
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